Esta mão que vou relatar foi a última mão do phounder no torneio da PokerStars acima referido. Aconteceu esta madrugada, dia 12 de Julho.
Depois de cerca de 3 horas de jogo relativamente calmo, apareceu esta jogada que me pareceu interessante, embora infelizmente tenha ditado o fim da participação do phounder no torneio. Dos 1251 jogadores que iniciaram o torneio, restavam apenas 115. phounder está na BB e recebe KQ suited (paus). Há um raise em Middle Position e a acção chega a phounder, que faz re-raise para um pouco mais do dobro da aposta do MP, fazendo este instant call. Flop: A, x, x (dois paus baixos). phounder é o primeiro a falar, faz c-bet de cerca de metade do pote, levando instant raise do MP para exactamente o dobro. phounder demora algum tempo e faz all-in. Recebe instant call. MP vira AQ. O turn e o river não trouxeram paus, não se tendo realizado o projecto de flush.
A jogada do phounder é muito boa, embora na minha opinião tenha arriscado um pouco, não estando em posição e tendo o adversário uma stack um pouco maior. Já a jogada do MP foi um pouco estranha, e foi talvez o instant call pré-flop e o instant mini-raise que levou o phounder a shovar.
Sendo um dos muitos “treinadores de bancada”, digo que talvez tivesse jogado esta mão de forma diferente. Possivelmente faria apenas o call à aposta do MP pré-flop. No flop, como não estou em posição e como muito provavelmente não iria conseguir demonstrar um Ás, faria um check-call ou check-raise, para tentar mostrar um set. No turn, não tendo saído uma carta para o flush, faria uma bet considerável, e caso o adversário fizesse raise, seguidamente fazia shove, tentando demonstrar um set. Penso que a probabilidade de o MP pagar um all-in no turn com esta jogada é mais pequena do que a de pagar um all-in no flop. Segundo a minha leitura, ele representava desde o instant call pré-flop, um Ás relativamente forte, desde um kicker 9 até Q.
Não critico o phounder, pois apesar de ter feito uma óptima jogada, as cartas certas não vieram, acabando por ser eliminado no 115º lugar.
Posso estar enganado. Por isso, aceito criticas e sugestões, pois é com a experiência e com as criticas que se aprende.
Um obrigado ao phounder pela simpatia. ;)
Até já!
Pedro Figueiredo
O "PokerDeGaragem" destina-se a retratar não só a minha evolução enquanto jogador, mas também, as minhas opiniões acerca de vários aspectos deste jogo que está a conquistar o mundo. O meu nome é Pedro Figueiredo, FigasP é o meu nickname online, e gostava de um dia poder vir a fazer parte da história do Poker em Portugal. Opiniões, sugestões, experiências... tudo tudo o que quiserem partilhar será aceite. "Players, good luck! Shuffle up and deal!"

12 de julho de 2010
10 de julho de 2010
SCOOP 2010 - $22 NLHE [2-Day, 500K Guaranteed]
Este ano foi o primeiro em que participei nos torneios do SCOOP da PokerStars – Spring Championship of Online Poker. Esta série de torneios começou no início de Maio. Participei em apenas 2, um de 11$ NLHE, que sinceramente já não me lembro como perdi, e este a que me refiro, de 22$ NLHE, que foi o torneio que mais me marcou na minha campanha de torneios online. O torneio começou às 22h do dia 2 de Maio. Contava com um field de 26.200 jogadores (sim, 26 mil!) e eram 10.000 as fichas iniciais. Lembro-me que estive em simultâneo a acompanhar o progresso do meu amigo kuTkiD (Pedro Varalonga) no mesmo torneio, e lembro-me que ele acabou out numa das primeiras jogadas, em que segurava KK e acabou all-in pré-flop contra dois adversários, um que segurava AA e outro que segurava QQ. Perdeu para AA, o que ditou a eliminação. É terrível perder assim. (Que melão Pedro! :\).
As primeiras jogadas correram-me bem. Tive boas mãos, com as quais consegui ganhar algumas fichas. Passada a primeira hora de jogo, estava tudo bem. Stack um pouco acima da média e blinds ainda baixas. Nas 3 horas seguintes, sei que joguei uma média de uma mão por hora, em que ou dobrava ou conseguia ganhar algumas fichas para me ir mantendo não muito abaixo da média. (Um aparte: muitos jogadores com pouca experiência pensam que só se ganha um torneio fazendo muitos bluffs – errado! Eu fui muito selectivo nas mãos que joguei, não me querendo meter em aventuras, e de certa forma o meu estilo de jogo correu bem). Paciência e selectividade das mãos a jogar são para mim dois aspectos fundamentais.
Não me querendo alongar muito, refiro-me já à parte final, quando perdi. Após um pouco mais de 8 horas de jogo e após variar dezenas de vezes entre o sofá e a cama, lá chegou a última mão. A média estava perto das 450k fichas e eu lembro-me que nessa altura estava na média, tendo um pouco mais de 400k. Recebo KK no botão e para meu desagrado não vejo acção na mesa, chegando tudo fold até mim. A Big Blind tinha o dobro da minha stack, mais de 800k, e a Small Blind estava muito short. As blinds na altura estavam 5k/10k. Fiz mini-raise para 20k, com a finalidade de receber uma 3-bet de um dos meus adversários das blinds, para aí começar a desenvolver a jogada. Tanto podia correr bem, como podia deixar que vissem um flop barato e correr mal… mas sem acção até mim, arrisquei assim. O jogador na Big Blind faz 3-bet tal como eu estava à espera. A acção volta para mim, onde faço uma 4-bet para mais do dobro da 3-bet dele, sendo depois a resposta uma 5-bet All-in. Eu faço instant call. Showdown: AQ Vs KK. Depois de um flop maravilhoso, no turn sai um A, ditanto assim a minha eliminação do torneio. Se tivesse ganho este pote ficaria com quase 900k fichas, mais do dobro da média. Nunca se saberá o que poderia ter acontecido se esta mão não acabasse assim. Fiquei triste, mas não desanimei.
Acabei o torneio no 715º lugar, recebendo 136$, sendo o prémio do primeiro lugar cerca de 44.000$.
O meu próximo desafio online vai ser jogar alguns torneios do WCOOP – World Championship of Online Poker 2010, que é tão ou mais aliciante do que o SCOOP. Veremos. :)
Até já!
Pedro Figueiredo
As primeiras jogadas correram-me bem. Tive boas mãos, com as quais consegui ganhar algumas fichas. Passada a primeira hora de jogo, estava tudo bem. Stack um pouco acima da média e blinds ainda baixas. Nas 3 horas seguintes, sei que joguei uma média de uma mão por hora, em que ou dobrava ou conseguia ganhar algumas fichas para me ir mantendo não muito abaixo da média. (Um aparte: muitos jogadores com pouca experiência pensam que só se ganha um torneio fazendo muitos bluffs – errado! Eu fui muito selectivo nas mãos que joguei, não me querendo meter em aventuras, e de certa forma o meu estilo de jogo correu bem). Paciência e selectividade das mãos a jogar são para mim dois aspectos fundamentais.
Não me querendo alongar muito, refiro-me já à parte final, quando perdi. Após um pouco mais de 8 horas de jogo e após variar dezenas de vezes entre o sofá e a cama, lá chegou a última mão. A média estava perto das 450k fichas e eu lembro-me que nessa altura estava na média, tendo um pouco mais de 400k. Recebo KK no botão e para meu desagrado não vejo acção na mesa, chegando tudo fold até mim. A Big Blind tinha o dobro da minha stack, mais de 800k, e a Small Blind estava muito short. As blinds na altura estavam 5k/10k. Fiz mini-raise para 20k, com a finalidade de receber uma 3-bet de um dos meus adversários das blinds, para aí começar a desenvolver a jogada. Tanto podia correr bem, como podia deixar que vissem um flop barato e correr mal… mas sem acção até mim, arrisquei assim. O jogador na Big Blind faz 3-bet tal como eu estava à espera. A acção volta para mim, onde faço uma 4-bet para mais do dobro da 3-bet dele, sendo depois a resposta uma 5-bet All-in. Eu faço instant call. Showdown: AQ Vs KK. Depois de um flop maravilhoso, no turn sai um A, ditanto assim a minha eliminação do torneio. Se tivesse ganho este pote ficaria com quase 900k fichas, mais do dobro da média. Nunca se saberá o que poderia ter acontecido se esta mão não acabasse assim. Fiquei triste, mas não desanimei.
Acabei o torneio no 715º lugar, recebendo 136$, sendo o prémio do primeiro lugar cerca de 44.000$.
O meu próximo desafio online vai ser jogar alguns torneios do WCOOP – World Championship of Online Poker 2010, que é tão ou mais aliciante do que o SCOOP. Veremos. :)
Até já!
Pedro Figueiredo
9 de julho de 2010
Como jogar ou Como interpretar?
Numa mesa de Poker, qual destes aspectos será mais importante como alvo de estudo mais aprofundado de um jogador? Deixo a minha opinião.
A questão da interpretação dos jogadores que nos rodeiam na mesa de jogo é muito importante, mas, não devemos fazer leituras com base em atitudes padronizadas, visto que está mais do que provado que todos os jogadores são diferentes. Há muitos jogadores que se dedicam a um estudo intensivo de certas atitudes dos jogadores nas mesas, desde o pestanejar mais intensivo, ao abanar constante dos pés. Este estudo, nos dias que correm, e reforço, na minha opinião, não tem importância. Justifico isto não só pelo facto de as atitudes dos demais jogadores variarem imenso, logo, por aí, as atitudes padronizadas já não farão sentido, mas também pelo facto de que no decorrer do tempo cada vez mais jogadores de Poker estudam essas atitudes. Isto leva a que cada vez mais os jogadores inovem nas suas atitudes “in game”, não só variando, mas também contrariando as atitudes padronizadas que são alvo de estudo, tentando assim, confundir os outros jogadores. Com isto, não quero dizer que não devemos tirar todo o tipo de informação dos jogadores da mesa. Interpretar a informação que nos é fornecida é fundamental.
Quanto à questão “Como jogar?“, os critérios também não são simples. Deve-se alterar a forma de jogo de acordo com a posição que se ocupa na mesa, de acordo com os jogadores que estão à nossa volta, e fundamentalmente, o que para mim é o que melhor caracteriza um bom jogador de Poker, o facto de saber jogar todas as mãos de forma diferente, variando nos movimentos das jogadas mas também nas atitudes que revelem informação aos outros jogadores.
Até já!
Pedro Figueiredo.
A questão da interpretação dos jogadores que nos rodeiam na mesa de jogo é muito importante, mas, não devemos fazer leituras com base em atitudes padronizadas, visto que está mais do que provado que todos os jogadores são diferentes. Há muitos jogadores que se dedicam a um estudo intensivo de certas atitudes dos jogadores nas mesas, desde o pestanejar mais intensivo, ao abanar constante dos pés. Este estudo, nos dias que correm, e reforço, na minha opinião, não tem importância. Justifico isto não só pelo facto de as atitudes dos demais jogadores variarem imenso, logo, por aí, as atitudes padronizadas já não farão sentido, mas também pelo facto de que no decorrer do tempo cada vez mais jogadores de Poker estudam essas atitudes. Isto leva a que cada vez mais os jogadores inovem nas suas atitudes “in game”, não só variando, mas também contrariando as atitudes padronizadas que são alvo de estudo, tentando assim, confundir os outros jogadores. Com isto, não quero dizer que não devemos tirar todo o tipo de informação dos jogadores da mesa. Interpretar a informação que nos é fornecida é fundamental.
Quanto à questão “Como jogar?“, os critérios também não são simples. Deve-se alterar a forma de jogo de acordo com a posição que se ocupa na mesa, de acordo com os jogadores que estão à nossa volta, e fundamentalmente, o que para mim é o que melhor caracteriza um bom jogador de Poker, o facto de saber jogar todas as mãos de forma diferente, variando nos movimentos das jogadas mas também nas atitudes que revelem informação aos outros jogadores.
Até já!
Pedro Figueiredo.
8 de julho de 2010
Let's get it started!
Ora bem, na primeira fase deste meu “projecto”, se é que pode chamar-se assim, gostaria de salientar quando e em que circunstâncias é que esta ideia surgiu. O gosto pela escrita e o fascínio pelo Poker, não me impediram de, em plena época de exames, começar a dar a minha opinião acerca de alguns factos e acontecimentos relativos ao jogo, assim como desabafar, no contexto. Daqui para a frente, sempre que o quiser fazer, terei um “cantinho” online exclusivo para isso.
Primeiramente, o facto de nestes últimos dias seguir constantemente o desempenho dos jogadores portugueses em Las Vegas, no Live Report das World Series of Poker através do PokerPT.com, desencadeou em mim uma vontade enorme de jogar, de vingar no Poker, e, sobretudo, de viver naquele mundo, que nesta altura do ano, é um mundo à parte do nosso. Até aqui, tudo bem. Penso que o acabei de escrever, vindo de um jogador de Poker, não é anormal. Já agora, aproveito para dizer que espero sinceramente ver um português entre os November 9. Veremos.
Posteriormente, decidi que irei jogar no Knockout Figueira Poker Tour, que se irá realizar entre 3 a 5 de Setembro de 2010. Decidi isto devido a vários factores. Primeiro, devido ao facto de ter companhia para jogar, visto que já alguns amigos me disseram que me irão acompanhar nesta aventura. E, não menos importante, o facto de nesta altura ter dinheiro para participar no torneio. Caso não me consiga apurar para o torneio principal através do Satélite do dia 3, que tem um Buy-in de 30€, irei jogar na mesma o torneio principal, que começa no Sábado e tem um Buy-in de 165€. A partir desta experiência poderei ter algo mais a dizer. Espero vingar. Veremos.
Aproveito também para falar da minha actual experiência. Tenho muitas horas de jogo online, com alguns prémios que compensaram de alguma forma o meu esforço para evoluir. Tenho também muitas horas de obsevação de jogo, nomeadamente em vídeos na Internet. A minha única presença num torneio de Poker ao vivo, foi no Torneio de Poker Oficial da Queima das Fitas 2010, em Coimbra, no Jardim da Sereia. Este torneio contou com 160 jogadores. Ao fim de 13 horas de jogo, com intervalos pelo meio, acabei a minha prestação no torneio em 4ºlugar. Isto contribuiu para alimentar o “bichinho”, pois a ver a Final Table deste torneio estava muita gente e já deu para sentir um prazer especial.
Por fim, e para já, porque ainda estou no início de uma longa aprendizagem, espero que futuramente possa vir a fazer um bom trabalho com vista a subir o nível do Poker jogado em Portugal. Caso tudo corra pelo melhor, levá-lo cada vez mais além fronteiras. Isto sim, é um sonho!
Primeiramente, o facto de nestes últimos dias seguir constantemente o desempenho dos jogadores portugueses em Las Vegas, no Live Report das World Series of Poker através do PokerPT.com, desencadeou em mim uma vontade enorme de jogar, de vingar no Poker, e, sobretudo, de viver naquele mundo, que nesta altura do ano, é um mundo à parte do nosso. Até aqui, tudo bem. Penso que o acabei de escrever, vindo de um jogador de Poker, não é anormal. Já agora, aproveito para dizer que espero sinceramente ver um português entre os November 9. Veremos.
Posteriormente, decidi que irei jogar no Knockout Figueira Poker Tour, que se irá realizar entre 3 a 5 de Setembro de 2010. Decidi isto devido a vários factores. Primeiro, devido ao facto de ter companhia para jogar, visto que já alguns amigos me disseram que me irão acompanhar nesta aventura. E, não menos importante, o facto de nesta altura ter dinheiro para participar no torneio. Caso não me consiga apurar para o torneio principal através do Satélite do dia 3, que tem um Buy-in de 30€, irei jogar na mesma o torneio principal, que começa no Sábado e tem um Buy-in de 165€. A partir desta experiência poderei ter algo mais a dizer. Espero vingar. Veremos.
Aproveito também para falar da minha actual experiência. Tenho muitas horas de jogo online, com alguns prémios que compensaram de alguma forma o meu esforço para evoluir. Tenho também muitas horas de obsevação de jogo, nomeadamente em vídeos na Internet. A minha única presença num torneio de Poker ao vivo, foi no Torneio de Poker Oficial da Queima das Fitas 2010, em Coimbra, no Jardim da Sereia. Este torneio contou com 160 jogadores. Ao fim de 13 horas de jogo, com intervalos pelo meio, acabei a minha prestação no torneio em 4ºlugar. Isto contribuiu para alimentar o “bichinho”, pois a ver a Final Table deste torneio estava muita gente e já deu para sentir um prazer especial.
Por fim, e para já, porque ainda estou no início de uma longa aprendizagem, espero que futuramente possa vir a fazer um bom trabalho com vista a subir o nível do Poker jogado em Portugal. Caso tudo corra pelo melhor, levá-lo cada vez mais além fronteiras. Isto sim, é um sonho!
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